
MOBILIDADE ELÉCTRICA
Renault eléctrico ao preço de um diesel
29-11-2009 23:19
O Kangoo abre caminho a uma gama de eléctricos na Renault
Marca vai comercializar versão eléctrica do Kangoo dentro de 18 meses e propõe três soluções para o abastecimento: ligar o carro à ficha oito horas, para carga máxima, fazer um carregamento rápido de 20 minutos ou substituir a bateria.
O primeiro carro eléctrico que a Renault vai pôr à venda no mercado rolou ontem os primeiros quilómetros em Portugal.
Trata-se de uma versão eléctrica do Kangoo que a marca pretende vir a vender ao mesmo preço que a versão diesel.
Ao Kangoo eléctrico seguir-se á o Renault Fluance eléctrico (que tal como o Kangoo parte de uma base já existente com motor térmico) e, mais tarde, o Twizy e o Zoe, estes dois desenhados e pensados exclusivamente para o mercado eléctrico.
“A Renault vai comercializar o seu primeiro carro eléctrico dentro de 18 meses. O sentido em que hoje trabalhamos é que venderemos o automóvel e a bateria será alugada, num serviço prestado pela Renault”, disse à Lusa o director de comunicação da Renault Portugal, Ricardo Oliveira. Apesar de a bateria ser o componente tecnologicamente mais desenvolvido num carro eléctrico – e consequentemente o mais caro –, a Renault planeia vender o Kangoo eléctrico ao mesmo preço da versão com motor de combustão a diesel.
“Para os carros que tenham uma equivalência no motor térmico venderemos o carro a um preço equivalente ao carro a diesel. Mesmo sem a bateria”, disse a mesma fonte.
“Há aqui um efeito de economia de escala. Anualmente vendem-se 60 milhões de carros de motor térmico. Nós sabemos que o carro eléctrico não vai ter esse volume, nem pouco mais ou menos, portanto apesar de o carro ser mais barato na produção, há um efeito de volume que vai pesar no preço inicial”, completou. A Renault conta com outro factor: a diferença de custo da utilização do eléctrico face ao carro de motor térmico. “Meter o “combustível”– a electricidade – torna o custo de utilização do carro eléctrico 30% inferior ao de um carro a motor diesel”, disse Ricardo Oliveira. A pouca autonomia (abaixo dos 200 quilómetros), a indefinição quanto aos pontos de carregamento e o preço inicial do carro são as principais críticas apontadas ao veículo eléctrico.
ARenault propõe três soluções para o carregamento: “o normal, que se faz em qualquer lugar onde haja uma ficha eléctrica (demora oito horas), o carregamento rápido, que implica uma infra-estrutura onde se carrega em 20 minutos – com corrente trifásica e 32 amperes – e a troca de baterias numa estação de serviço em que um robô tira a bateria e mete outra carregada em menos de três minutos”, enumerou Ricardo Oliveira.
in Global Notícias
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